O analista Matheus Pereira, da AgResource Brasil, contesta a previsão de alguns setores da cadeia do milho que projetam a redução da área plantada com milho de segunda safra. “Não acreditamos em redução da área de safrinha. Os preços do milho físico no Brasil passou, e ainda passa, por patamares de baixíssima rentabilidade para o produtor rural, entretanto, as exportações brasileiras do cereal estão em ritmo extremamente acelerado, muito além do ritmo da soja”, explica Pereira.
O especialista destaca os prêmios sobre produto que têm sido adicionados, bem como as ofertas disponíveis para o brasileiro, que têm melhorado gradativamente. “Ainda acreditamos em outros ajustes de baixa nas estimativas do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para o milho norte-americano 2017/2018, o que se confirmado trará mais sustento aos preços aqui na CBOT, e consequentemente nas ofertas brasileiras”.
Perguntado sobre qual seria a melhor aposta de commodity para 2017 e 2018, Matheus Pereira afirma que, para a safra que se planta agora no Brasil, 2017/18, o prudente seria o nosso “feijão com arroz” da agricultura.
“Foque em uma produção enxuta na soja para primeira safra, pois os produtores aqui nos Estados Unidos irão reduzir a área da oleaginosa plantada no próximo ano. Visto que o aumento na atual safra foi de consideráveis 2,4 milhões de hectares plantados. Este aumento será parcialmente cortado no próximo plantio, em 2018, devolvendo área para o milho e trigo”, finaliza.
Agrolink